Na América Latina, pacientes são beneficiados pela impressão 3D de próteses faciais, que podem permitir a recuperação de funções básicas e garantir a identidade de cada sujeito.
Desenvolvida para beneficiar pacientes que tem poucos recursos e que sofreram mutilações faciais causadas por câncer ou alguma doença congênita, a tecnologia ID+ (mais identidade) permite a produção rápida e econômica de próteses faciais extremamente detalhadas.
Essa metodologia integra a Polyjet da Stratasys e também a tecnologia de fotogrametria monoscópica, que está presente na câmera de smartphones comuns.
A modelagem 3D pode ser feita em qualquer software livre e que possa ser integrado à impressora 3D Polyjet.
O resultado é um fluxo de trabalho digital e com baixo custo.
Próteses faciais com Polyjet
As impressoras 3D Polyjet da Stratasys foram escolhidas para integrar o projeto devido as suas capacidades de oferecer uma resolução de camada microscópica e por apresentarem precisão de até 0,1 mm e de 14 micrômetros no eixo Z de impressão.
Essas características do equipamento possibilitam a capacidade de produzir os modelos 3D dos rostos dos pacientes com os mínimos detalhes de pele, poros e até mesmo orifícios, se necessário.
O início do projeto é baseado no desenvolvimento de uma estrutura 3D onde é reproduzida a anatomia do paciente.
Ao término do projeto 3D, a próxima etapa é a impressão propriamente dita e, em seguida, é realizado o pós tratamento com polimento manual.
Assim, c é possível obter uma face quase idêntica à original e fiel à anatomia do paciente, possibilitando que se tenha melhor qualidade de vida.
A metodologia +ID
A metodologia do +ID foi desenvolvida e patenteada pelo médico Rodrigo Salazar, especialista em reabilitação maxilofacial.
Além do Brasil, o novo método foi implantado no Chile, Peru, Uruguai, Colômbia, Estados Unidos e Índia. No total, 40 pacientes já receberam uma prótese facial e melhoraram exponencialmente sua qualidade de vida
“Integrar a tecnologia Polyjet da Stratasys à metodologia +ID ‘Mais Identidade’ tem permitido que os profissionais otimizem a qualidade dos dispositivos protéticos com investimento financeiro significativamente menor e com muito menos tempo de internação necessário para o paciente”, declara o médico.
A impressão 3D tem atuado cada vez mais no setor hospitalar e é impressionante como a manufatura aditiva está mudando e salvando vidas em diversas maneiras possíveis.
Com a tecnologia FDM temos cada vez mais próteses sendo desenvolvidas e com a tecnologia Polyjet podemos ver grandes resultados na estética de pessoas que perderam partes faciais e também sendo uma grande ferramenta para estudo técnico de pré-cirurgia.
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