Entenda o surgimento; a Evolução e suas Perspectivas para o futuro.
O surgimento do desenho, assim como a escrita, ocorreu em períodos pré-históricos, principalmente como uma manifestação da estética e da linguagem.
Os Egípcios e os Maias retratavam o cotidiano e mantinham o legado de conhecimento por meio de desenhos avançados e escrita rebuscada. No entanto, só na idade média que esse movimento realmente passou a ser reconhecido como arte, com o alfabeto moderno e a qualidades dos desenhos que se assemelhavam muito com a fotografia contemporânea.
Os primeiros desenhos técnicos são datados de fato a partir de 1490, presentes na coleção histórica da Livraria do Vaticano, onde é possível encontrar registros do desenhista Giuliano de Sangalo, usando plantas e elevações para permitir o entendimento de uma geometria em múltiplas dimensões.
Em meados do século XVII, impulsionados pelo amadurecimento da engenharia militar na França, o desenhista Gaspar Monge criou um sistema de projeções ortogonais capaz de representar as três dimensões de um objeto, com precisão, em uma superfície plana. Pouco depois, no ano de 1795, um artigo sob o título de “
Geometrie Descriptive”, apresentou a primeira bibliografia usada como base para a disseminação da linguagem técnica de desenho. Esse artigo acaba no que lhe concerne resultando na desvinculação do teor artístico a essa forma de representação, caracterizando-o como uma linguagem técnica e precisa.
Com o advento da revolução industrial, já no século XIX, surgiu a necessidade de se normalizar a geometrias descritiva técnica, de forma que permitisse uma comunicação eficiente, em nível internacional. Em função disso, reuniu-se uma comissão técnica da “International Organization for Standardization – ISO”.
Desse ponto em diante o termo desenho técnico passou a ser oficialmente disseminado entre os profissionais da engenharia e da arquitetura.
O desenho técnico, associado a padronização, foi um dos principais recursos utilizados para impulsionar a indústria mundial e a produção seriada, pois permitia que toda a informação necessária para a produção de cada componente de um conjunto e até o próprio conjunto, fossem transmitidas com clareza para o ambiente de produção, além de permitir que os responsáveis pela produção, pudessem utilizar o próprio desenho para comunicar às engenharias, possíveis necessidades de correção, que impedissem o avanço da fabricação.
Até a década de 1960, os desenhos eram elaborados basicamente com o uso de lápis, canetas e pranchetas como o auxílio de alguns acessórios específicos que agilizavam parte do trabalho, que era extremamente oneroso, sendo que a maioria das ações eram altamente repetitivas e não agregavam nenhum valor ao projeto em si. No entanto, devido à necessidade de desenvolvimentos de novas tecnologias e, principalmente, influenciado pelos altos níveis de complexidade da indústria aeronáutica, na década de 1970, surge o
CATIA uma das primeiras ferramentas CAD da história, que abre um novo caminho para o desenvolvimento de produto e detalhamento técnico.
A visão que temos hoje de desenho assistido por computador começou a ocorrer só a partir da década de 1990. Incentivada por um forte movimento que levou os computadores de uso específico, para dentro de nossas casas, estabelecendo a posição de computadores de uso pessoal, trazendo acessibilidade do recurso para empresas de pequena e médio porte. Com esse passo adiante, foram instantaneamente eliminadas uma série de demandas relacionadas ao desenho técnico, com a dinâmica para copiar e corrigir desenhos.
Atualmente, experimentamos o desenho técnico assistido por computador, de uma forma nunca vista. Uma vez que o detalhamento técnico tem evoluído de forma significativa, possibilitando uma automatização completa de atividades de detalhamento para produção, personalizações agressivas de padrões próprios de cada negócio, geração automática de tabelas com implementação de filtro de informação, controle de versionamento inteligente, links automáticos de informações físicas do produto com os dados de desenho técnico, etc.
Com esta construção de raciocínio começamos a entender que a necessidade humana para o consumo, impulsiona a evolução da indústria. Que por sua vez, precisa encontrar novas formas de lidar com a informação precisa. Quando enxergamos dessa forma, fica fácil compreender o movimento do
CATIA e do
SOLIDWORKS, para proporcionar novas experiências de detalhamento técnico, e como exemplo disso, podemos falar sobre o módulo “FTA CATIA” e “
MDB SOLIDWORKS”, que nos permitem organizar dimensões, tolerâncias e referências diretamente do modelo 3D, podendo abolir por completo a necessidade de um detalhamento 2D, integrando de forma direta com as plataformas PLM (
Product Lifecycle Management) e permitindo a acesso à informação final a qualquer momento e em qualquer dispositivo.
Note que o desenho técnico vem ficando cada vez mais inteligente. E passa a oferecer valor não só para os departamentos de engenharia e produção, mas sim para toda a cadeia de indivíduos envolvidos no ciclo de vida do produto. Assim se dividindo entre o próprio detalhamento técnico em si, a geração de materiais auxiliares para montagem e manutenção e a entrega imagens que poder ser utilizadas diretamente no departamento do marketing, sem a necessidade de qualquer processamento posterior, devolvendo ao desenho técnico o “status”, deixado para trás em sua origem.
Fonte: Redação
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