Impressão 3D no setor ferroviário – Reduzindo a estocagem de peças

Nos próximos anos, a impressão 3D irá se tornar indispensável em todas as operações fabris dentro do setor da mobilidade, principalmente ferroviário.

Podemos ter a certeza dessa afirmação a levarmos em consideração que nas últimas 3 décadas, a manufatura aditiva teve um belo amadurecimento e suas aplicações elevaram o nível, ampliando as possibilidades.

A manufatura aditiva é uma ferramenta de nível industrial e no setor ferroviário, essa grande inovação deve ser principalmente utilizada para garantir o estoque de peças na reposição de produtos.

Impressão 3D no setor ferroviário

Não podemos dizer que a impressora 3D irá substituir todo o processo de inventário de peças, mas podemos dizer que boa parte de componentes internos ou externos que não exigem muita força aplicada, poderá ser substituído por componentes impressos.

Nos últimos anos, a tecnologia percorreu um longo caminho, e agora é possível imprimir quase qualquer elemento em diversos tipos de materiais – de metais a polímeros que atendem aos requisitos de fogo, fumaça e toxicidade, até cerâmicas e metamateriais.

Um dos grandes problemas do transporte ferroviário é que suas peças e equipamentos levam em média 40 anos para se aposentarem completamente, com isso muitos trens que estão funcionando normalmente exigem peças de reposição que as vezes não se encontram mais no mercado.

Isto é um problema frequente para as empresas que gerem o serviço de transporte ferroviário e para o governo, isso porque acabam precisando absorver os custos da aquisição de ferramentas para re-fabricar novas peças ou optam por “canibalizar” trens e locomotivas para manter sua frota operando ou, até mesmo, por comprar peças de segunda mão, como aconteceu com o Metrô de São Paulo e do Distrito Federal há alguns anos.

A Solução: Manufatura Aditiva

A Manufatura aditiva consegue resolver este problema no setor, com ela é possível reduzir prazos de entrega economizar nos processos de fabricação tradicional para peças extintas de fornecedores extintos.

Não é necessário passar pelas mesmas fases da fabricação tradicional, como cadeia de suprimentos, ferramentas e configurações.

Agora quando vamos falar em custos, a manufatura aditiva remove o lado ferramental da fabricação, ou seja, com custos fixos reduzidos, uma produção de baixo volume se torna mais viável.

Agora vamos falar de tempo, a impressão 3D consegue entregar peças de alta complexidade em questão de dias, sem precisar esperar meses igual no formato tradicional.

Para se ter ideia da importância em se manter os trens o mínimo possível parado, segundo levantamento da Stratasys, os custos diretos de ter um único trem urbano fora de operação é de cerca de US﹩20.000/dia.

Mas com certeza, um dos maiores benefícios da impressora 3D dentro deste processo é a possibilidade de se manter um inventário digital para peças de reposição, que podem ser impressos quando necessário, em qualquer local com prazos de entrega de horas ou dias.

Agora, a Bombardier Transportation está utilizando uma impressora 3D Stratasys F900 para criar inventário digital, garantindo assim que as necessidades de peças de reposição sejam atendidas sob demanda – independentemente do modelo de trem ou de sua idade.

Simplesmente armazenando digitalizações em 3D de peças, a Bombardier Transportation passará a ignorar o armazenamento físico de peças, pois não haverá mais a necessidade de manter grandes volumes estocados, pois a F900 permite que a equipe recrie rapidamente uma peça de reposição certificada, e de maneira rápida para atender seus clientes.

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