Realidade Aumentada pode ir muito além do Pokémon GO

Realidade Aumentada pode ir muito além do Pokémon GO

Realidade Aumentada pode ir muito além do Pokémon GO

Há cerca de vinte anos atrás, quando a série Pokémon aumentava a audiência das emissoras de TV do mundo todo, provavelmente ninguém imaginava que, futuramente, poderia sair nas ruas “caçando” Pokémons e enfrentar desafios como Ash, o personagem principal do anime japonês. Hoje, até aqueles que não assistiram a série estão completamente vidrados no jogo Pokémon GO da Nintendo.

O sucesso do aplicativo é resultado de uma reinvenção do nosso cotidiano. A um só tempo expressão e criação de demandas, a tecnologia tem mudado cada vez mais a relação das pessoas com aquilo que as cerca. Um exemplo simples pode ser a nossa atual interatividade com os próprios televisores, que chegaram a ser sinônimo de passividade e até ficaram sob o risco de se tornarem obsoletos, mas que, nos dias de hoje, oferece amplas possibilidades de conexão virtual, além de transmissão e interação com todo tipo de mídia.

De fato, a chamada Realidade Aumentada, o principal componente tecnológico de jogos como o do Pokémon, veio para ficar e mudar nossos olhares. Enquanto a Realidade Virtual (RV) cria ambientes e situações totalmente irreais através de aparelhos os mais diversos – óculos, circuitos, sensores, etc. – fazendo com que as pessoas se sintam completamente imersas num jogo ou numa simulação (veja este vídeo), a Realidade Aumentada ou Ampliada (RA) une realidade e ficção em um mesmo lugar, tornando a interação um elemento fundamental da vida contemporânea.

Realidade Aumentada pode ir muito além do Pokémon GO 1

Usando recursos muitas vezes simples e, por isso, cada vez mais presentes do dia a dia, a Realidade Aumentada possibilita a criação de projeções e ferramentas úteis em ramos diversos, que vão além do entretenimento. Na indústria automobilística, por exemplo, é possível projetar modelos de carros em 3D (veja aqui), melhorando a visualização do produto final; o mesmo pode ser feito nas áreas de arquitetura, moda, comunicação, entre outras. Na educação, a RA já está presente nas simulações de cirurgias e em materiais didáticos (confira o vídeo).

A Realidade Aumentada pode possibilitar também a melhoria de vida das pessoas. Tammie Van Sant, californiana de 52 anos que perdeu os movimentos do corpo, foi selecionada para usar os primeiros Google Glass e teve um ganho de autonomia substancial. E o trabalho dos bombeiros pode ser ainda mais preciso com o uso do capacete C-Thru, criado pelo designer Omer Haciomeroglu; esse capacete permite que o bombeiro tenha sua visão e audição melhoradas e muito mais focadas durante o salvamento de vidas. No Brasil, um dos casos recentes e mais inusitados (talvez até pitoresco) do uso da Realidade Aumentada foi a criação de um holograma do deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP) na eleição para um novo presidente da Câmara.

Realidade Aumentada pode ir muito além do Pokémon GO 2

Esses exemplos, dentre tantos outros, mostram como a Realidade Aumentada vem recriando a nossa rotina. Os jogos como o Pokémon GO e a interatividade proporcionada por eles nos colocam em contato, sutilmente, com essa tecnologia que, em pouco tempo, certamente fará parte dos nossos afazeres diários e mais simples.

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