Revolucionando não apenas a medicina do ser humano, mas também a medicina veterinária, a impressão 3D tem salvado e melhorado a vida de muitos animais, além do recurso estar sendo utilizado para manter diversas espécies fora do risco de extinção. Embora não permita ao animal voltar ao seu habitat natural, as próteses impressas em 3D têm garantido a sobrevivência de tucanos, pinguins, rinocerontes e jabutis, entre outros animais.

Um caso que ficou bastante conhecido aqui no Brasil foi o do jabuti Fred, que perdeu o seu casco em um incêndio e ganhou uma prótese 3D, em 2015. O animal foi encontrado debilitado por um casal que passava próximo ao local do incêndio e resolveu levar o jabuti até um amigo veterinário fascinado por animais silvestres. Fred estava apenas com um pedacinho do casco (que logo caiu) quando foi achado e ganhou o nome inspirado no personagem Freddy Krueger, devido à sua aparência.

Jabuti Fred, que foi citada no texto, caminhando sobre campo gramado. Casto impresso através de impressora 3D com cor similar a cor tradicional (cor bege).
Jabuti Fred.

Depois de algum tempo, o veterinário Rodrigo, que ficou responsável por Fred, percebeu que o jabuti era, na verdade, uma fêmea. Mas, o que importa é que a Fred, no fim das contas, ganhou o primeiro casco 3D do mundo. Com isso, a jabuti voltou a ter liberdade para tomar sol, andar pelo jardim, esconder a cabeça e se proteger. De quebra, a Fred ainda ganhou uma estilização no casco, feita por um tatuador que se comprometeu em dar um “novo estilo” à jabuti. Confira a matéria na íntegra!

http://www.youtube.com/watch?v=F6jv85u-pfU

Outros casos que ficaram populares foi o do bico 3D feito para o tucano Zequinha e a pata 3D feita para um flamingo em Sorocaba, no interior de São Paulo. No entanto, estes são apenas três exemplos de vidas que foram salvas pela novíssima tecnologia de impressão 3D. Como se não fosse o bastante, a impressora 3D também é versátil e capaz de produzir diversos modelos de próteses, tando em materiais como resina, borracha e fibra de carbono, como órgãos e próteses para estudo, como citamos em um texto sobre os avanços da medicina com a impressão 3D, e tecidos humanos para pessoas deficientes ou que sofreram algum trauma.

Imagem dividida em duas. na primeira parte, tucano zequinha sem metade da parte de cima do bico. Na segunda imagens, tucano zequinha já recuperado da cirurgia com prótese criada a partir de impressão 3D.
Tucano Zequinha.

Criadas a partir de materiais muitas vezes sintéticos, as próteses feitas exclusivamente para o animal apresentam menores chances de rejeição. Na cirurgia da jabuti Fred sequer foi preciso parafusar o casco ao corpo e em pouco tempo o animal já voltou a fazer as atividades mais básicas. Como dito anteriormente, a tecnologia não permite ao animal voltar ao seu habitat, mas, sem dúvidas, promove a saúde e o bem estar animal como um todo.

A impressão 3D é muito mais do que uma nova tecnologia. É um recurso e tanto que, como afirmou o veterinário Rodrigo, inaugura uma “nova Era” para a medicina veterinária em todo o mundo. Agora não apenas os humanos podem contar com próteses muito mais confortáveis, lembrando do caso da Magic Arms, e com aparência mais realista, mas também os animais, em especial, os silvestres podem manter a sua espécie e viver por muito mais tempo e com qualidade de vida.

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