Através da impressão 3D já está demonstrada a capacidade da mesma de produtos dispositivos, gabaritos de montagens, peças para moldes de silicone e moldes para injeção e sopro de materiais. Todas essas técnicas auxiliam na economia de dinheiro e de tempo com relação à produção convencional.

Também já bastante difundida ao longo da indústria como as companhias aéreas estão utilizando peças diretamente da impressoras para aeronaves, peças produzidas no ULTEM, que são homologadas para montagens em atmosferas controladas, pois se forem aquecidas não propagam chama, não geram fumaça e nem vapores tóxicos, esse processo conhecido por manufatura direta, que também tem se estendido para outros setores, como automóveis e o setor naval, como mencionamos em um outro post recentemente.

Agora, o que todas essas aplicações têm em comum são o fato que seus produtos fins, sejam moldes, sejam dispositivos de montagem, sejam peças finais, resultando em três benefícios indiretos para a indústria, que vão além da peça em si. Veja, quando uma empresa precisa de dispositivos, o processo natural é abrir três cotações, encontrar quem tem a melhor relação custo x prazo, eleger o ganhador, realizar a compra, esperar pela entrega e então, finalmente, usar a peça.

Com a impressão 3D não há necessidade de três cotações, não há a necessidade de espera. Se conceitua/projeta o auxiliar produto, manda-se imprimir em 3D e pronto! Sem burocracia alguma. Esses gabaritos e dispositivos impressos em 3D, podem ainda ser ajustados com grande agilidade, para se adequarem ao tamanho do operador, maior para operadores altos, menores para operadores baixos, e podem ser ainda, impressos sólidos, para aplicações que demandem mais impactos, ou ocos, para aplicações que apenas a precisão dimensional seja importante. Assim, por exemplo, a BMW conseguiu uma redução de 99% do afastamento por lesão por esforço repetitivo, produzindo peças impressas que ficaram até 1 kg mais leves que seus antigos equivalentes usinados. Confira nosso post sobre Impressão 3D de Dispositivos e Gabaritos.

Da mesma forma, produtos comprados, ou sistemas auxiliares de produção demandam estocagem. Seja para futura fabricação de um novo lote de produtos, seja para atender um recall ou norma da indústria. Afinal, o mercado automotivo tem uma norma de se manter estoque de peças, por 5 anos após o final da produção de um veículo, para não obsoletar um veículo assim que sua produção for encerrada. No mercado aeronáutico e naval, esse período chega há 20 anos!

Pois bem, na impressão 3D não há necessidades de estocar o bem, imobilizá-los, fazer um ativo, depreciá-lo no balanço da empresa, nada disso! Simplesmente se imprime e usa. Terminado o uso, o artigo pode ser descartado e quando for necessário novamente, em 5 anos, em 10 anos, em 30 anos, simplesmente se imprimi o bem novamente. Com repetitividade, com velocidade, e sem necessidades de estoques. E por não ter estoque, 1) libera-se mais espaço na empresa para produzir mais bens, ou estocar produtos acabados e 2) diminui o gasto da empresa com patrimônio, pois não bens para serem imobilizados e depreciados.

Em geral, essas economias geradas indiretamente já são por si só, suficientes para justificar a aquisição da máquina, independente do que ela produza, mas como toda boa impressora 3D, elas nunca se limitam à aplicação para quais foram compradas, sendo que uma máquina comprada para produzir dispositivos, também continuará capaz de fazer protótipos, peças para marketing, peças para validação conceitual e todas as outras aplicações que você já conhece!

Vamos conversar sobre seus dispositivos?

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