Como unir peças impressas em 3D – Entenda melhor como funciona este processo
Uma pergunta que é feita, em quase todas as apresentações de impressoras 3D que participo, é o que fazer caso seja necessária a impressão 3D de peças maiores que a mesa da impressora ou o que podemos fazer caso seja necessária a união de algum outro componente às peças impressas. Felizmente, para estas perguntas temos uma simples resposta e neste post tentarei de forma bastante clara e resumida explicar o processo de como unir peças impressas em 3D.
O primeiro ponto a ser considerado quando se pensa em unir peças impressas em 3D é a existência de diferentes métodos de união, sendo que cada um fornece um resultado diferente com relação a resistência mecânica e precisão da junta e cada processo tem um grau de dificuldade para a execução, em algumas vezes requer um ambiente de execução preparado ao processo. Por estes motivos, a escolha do processo de união deve ser feito ponderando todos os fatores.
Veja abaixo, de forma bastante resumida, três diferentes maneiras de se unir um termoplástico (Aplicado ao processo de impressão FDM):
1- Colagem por “adesivos” – Processo de simples execução, muito barato e que pode ser executado em praticamente qualquer lugar. Exemplos de “adesivos”: Resina Epóxi, Cianoacrilatos, Uretanos, Silicones, etc.;
2- Colagem por Solventes – Processo um pouco mais complicado que o processo de colagem por adesivos, mas que também é bastante rápido e barato, porém neste caso, é necessário um local um pouco mais específico já que serão usados solventes no processo de colagem e também um pouco mais de experiência para a execução do processo;
3- Soldagem por Ultrassom ou ar quente – Processo que requer conhecimento e habilidade prévia, porém, dá ao produto uma excelente resistência mecânica nos locais de união.
Após a escolha do processo de união que será utilizado, há a necessidade da preparação do arquivo 3D com alguns ajustes importantes. Lembre-se que é muito difícil unir duas peças com precisão absoluta, então, antes do processo de impressão 3D, prepare o arquivo de forma que a posterior união não desalinhe as peças. Pense como as peças serão unidas e adicione pinos guia, rabos de andorinha, etc. Lembrando que este processo pode ser feito diretamente em seu software CAD ou, caso prefira, ser feito diretamente no arquivo STL usando uma ferramenta como o Magics da Materialize.
Além da dificuldade em manter a precisão durante o processo de montagem, dependendo da escolha do processo, poderá haver outro material entre as peças que serão unidas, então, prepare-se para isso adicionando nos locais os devidos espaços, como por exemplo, uma pequena folga de alguns centésimos entre as peças.
Outro ponto bastante importante, é que a resistência mecânica do processo de união não será o mesmo de uma peça impressa 3D em uma única operação, então, sempre que possível adicione às juntas uma geometria diferenciada (muito utilizado em processos de soldagem).
Para finalizar, destaco que tentei abordar neste post alguns processos de união de peças impressas e algumas dicas do que se preocupar antes do processo de impressão, mas a criatividade e a experiência de cada um devem ser levadas em consideração e testadas na prática. A ideia aqui não foi escrever um manual de utilização e sim mostrar de uma forma simplificada e bastante resumida que há várias formas para unir peças impressas em 3D e que cada uma tem suas vantagens e desvantagens. Mas, o mais importante é que agora você já sabe que é possível criar peças bem maiores unindo peças impressas em diferentes processos de impressão 3D.
Na semana que vem, iremos abordar um assunto bastante interessante: como usar a impressão 3D para transformar seu inventário de dispositivos e ferramenta de físico em um inventário digital.
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